População não precisa se alarmar, Guaranésia não se encontra em região de risco. População precisa se atentar a atualização do “cartão de vacinas”

 

 

O Departamento Municipal de Saúde e Setor de Imunização informam que a vacinação preventiva contra a febre amarela segue normalmente, sendo aplicada a vacina em dois dias da semana (quartas e quintas-feiras) conforme a demanda de usuários.
Mesmo com a situação crítica enfrentada por algumas regiões do estado, que enfrentam casos da doença, inclusive com suspeita de óbitos relacionados a febre amarela, o Departamento  Municipal de Saúde, orienta que as pessoas não se “desesperem” em busca vacina, pois além da situação da região estar sob controle, não havendo casos suspeitos da doença, a vacinação preventiva da população prossegue normalmente.
Para um maior controle e mesmo atendimento da equipe de Imunização, as vacinas são aplicadas sempre as quartas e quintas-feiras, utilizando a cota enviada pela Regional de Alfenas e conforme a demanda, solicitação de novas doses.
O Departamento Municipal de Saúde e Setor de Imunização orientam ainda que as pessoas somente procurem pela vacina em caso de viagem para as regiões afetadas (unidades regionais de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni. Essa região, que inclui 152 municípios, é a mais afetada pelas ocorrências de febre amarela no estado, além da região sul da Bahia e leste do Espírito Santo) devendo esta vacina ser aplicada no mínimo 10 dias anterior a viagem ou em caso de necessidade de aplicação de uma segunda dose. O intervalo entre uma vacina e outra é de 10 anos, destacando que houveram campanhas de vacinação contra a febre amarela em 2001 e 2008, portanto uma grande parcela da população ainda está imunizada.
A Organização Mundial da Saúde considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como pode haver queda na imunidade com o tempo de vacinação, o Ministério da Saúde definiu a manutenção de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo o esquema vacinal uma dose aos noves meses de idade com reforço aos quatro anos. Para pessoas de 2 a 59 anos, a recomendação é de duas doses.
Necessidade de atualização de “cartão de vacina”
Todas as pessoas devem estar atentas ao calendário de vacinação (hepatite, tetravalente, tétano, febre amarela, etc) e sempre ter cuidado com o cartão de vacinação, um documento muito importante desde o nascimento.
Caso a pessoa tenha perdido o cartão de vacinação, deve procurar o Setor de Imunização para verificação de dados e se necessário atualizar as vacinas pendentes.
Importante
Em decorrência de eventuais efeitos colaterais, pessoas com mais de 60 anos devem ter podenração na procura pela vacina.
Segundo recomendação do Ministério da Saúde do Brasil, mulheres que estão a amamentar devem adiar a vacinação contra a febre amarela até a criança completar seis meses.
A vacina é composta de vírus atenuado e só faz efeito dez dias após sua aplicação.
VACINA FEBRE AMARELA
Por Dra. Mônica Levi
1.  O que é febre amarela?
É uma doença febril aguda, potencialmente grave, causada por um vírus da família dos Flavivírus, o vírus da febre amarela.
2.  Como se adquire a doença?
O vírus é transmitido pela picada de um mosquito infectado, do gênero Aedes, o mesmo que transmite a dengue.
3.  Quais são os sintomas da doença?
Os sintomas variam desde formas assintomáticas ou pouco sintomáticas, similares a um quadro gripal, até formas graves, potencialmente fatais.
Os sintomas clássicos da doença incluem: febre alta, mal estar, dor de cabeça, dores musculares, prostração, náuseas e vômitos. Após três a quatro dias, remissão da febre e melhora dos sintomas evoluindo para cura em cercas de 85%  dos casos.
Já nas formas graves (cerca de 15% dos casos) dá-se início uma segunda fase com icterícia, instalação de insuficiência hepática e renal, podendo ocorrer acometimento neurológico e coma. A mortalidade é elevada para os que evoluem para essa segunda fase, chegando até 50%.
4.  Quem deve ser vacinado?
Recomenda-se vacinar toda a população brasileira residente em áreas de risco a partir dos nove meses de vida e aqueles que viajarem para regiões de risco dentro ou fora do Brasil.
Alguns países fazem exigência do certificado de vacinação para entrada no país (CIVP), de viajantes provenientes de regiões endêmicas, como o Brasil. Nesses casos, viajantes também deverão receber a vacina por exigência governamental do país de destino.
5.  Quais são as regiões de risco?
São várias, e obedecem a critérios epidemiológicos dinâmicos. Você pode se informar a esse respeito através dos órgãos públicos (sites do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais), ou nos vários serviços públicos e privados de Medicina do Viajante.
6.  O que é a vacina febre amarela?
É uma vacina constituída de vírus vivo atenuado. Apresenta eficácia acima de 95% e a proteção persiste por 10 anos ou mais.
A vacina é aplicada em dose única de 0,5ml subcutânea.
O Ministério da saúde recomenda revacinação a cada dez anos.
7.  Quais os eventos adversos após a vacinação?
Os eventos adversos comuns ocorrem em 2% a 5% dos vacinados entre cinco e 10 dias após vacinação e geralmente são leves: dor de cabeça, dor muscular, febre.
Reações alérgicas leves são ocasionais e relacionadas com reação à proteína do ovo. Reações anafiláticas são muito raras ( 1: 350.000 doses aplicadas) e afetam principalmente pessoas com alergia intensa a ovo.
Os eventos adversos  graves, como acometimento do sistema nervoso ou disseminação do vírus vacinal pelo organismo, felizmente são raros ( 1:250.000 – 1:1.000.000 de pessoas vacinadas)  e parecem ocorrer com frequência maior em pessoas com idade acima de 60 anos, que recebem a vacina pela primeira vez.
8.  Quem não pode ser vacinado?
As contraindicações para vacinação contra febre amarela são:
·  Idade menor que seis meses
·  Hipersensibilidade a algum dos componentes da vacina
·  Portadores de imunodeficiências
Existem situações de precaução, nas quais a indicação da vacinação deve ser ponderada entre risco e benefício:
·     Idade entre seis e oito meses
·     Idade ≥ 60 anos
·     Infectados pelo vírus HIV
·     Gestantes
·     Mulheres amamentando crianças menores de seis meses.

ASCOM – Prefeitura de Guaranésia




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